Poesia Coletiva escrita pelos participantes da oficina de poesia
“Poeinstante”, ministrada pelo professor Carlos Carvalho Cavalheiro na Casa da
Cultura de Porto Feliz.
05/09/13
O olhar caolho da Lua vigia
nossos pecados noturnos
Por quantas vezes mais terei que me debruçar sobre a prata que se derrama nas noites de reflexão?
Diurnos, Soturnos, lembrados e esquecidos.
Deixados e perdoados!
Mas quem é a Lua para me julgar, me ensinar a ser alguém melhor?
Por quantas vezes mais terei que me debruçar sobre a prata que se derrama nas noites de reflexão?
Diurnos, Soturnos, lembrados e esquecidos.
Deixados e perdoados!
Mas quem é a Lua para me julgar, me ensinar a ser alguém melhor?
Logo eu, vira-latas do meu
próprio quintal;
que me orgulhava de viver das
sobras?!?
Satélite frio e infame, temido
e subjugado
Nas sombras, sombrio, observa minhas sobras
Até que este, então, possa a ela encarar
E um cântico à Lua possa, enfim, suspirar:
Debruço-me sobre o peitoril
E colho o silêncio lá fora...
Por dividir uma vida ao
silêncio eu encaro
Tudo
por viver sobre uma vida ao noturno.