quarta-feira, 7 de maio de 2014

O RIO TIETÊ E A PAIXÃO


Do rio Tietê vamos falar e não podemos nos calar, frente a essa calamidade. É tão grande a barbaridade que, só o falar da atrocidade, já requer  especialidade.
São Paulo, terra da etiqueta, terceira maior do planeta, é cidade que preocupa. Se no Tietê são despejados, materiais envenenados, também vivemos na garupa.
Todos vivemos assustados, dificilmente são multados, causadores de sofrimentos! São industrias organizadas, construídas e inauguradas, com seus fartos investimentos.
Acham que o Tietê, fascinante, é solução ao fabricante, com resíduos poluentes. São sinistros os tais despachos, lotam córregos e riachos, também dos grandes afluentes!
Políticos emperrados, parecendo até amarrados, continuam no velho engano! É a paixão...é no mundo inteiro, onde corre muito dinheiro, não há olhares para o dano.
Servidores apaixonados, nos seus ofícios lesados, sentem de perto essa desgraça. A ganância e a paixão, andam juntos na escuridão, procurando droga e cachaça.
O poder, entregue a lembrança, na apaixonante segurança, tem os assessores fiéis. Dispensa a idéia contrária, contrata a boa secretária e discute os atos cruéis.
O ser humano, erroneamente, com seu instinto delinqüente, confunde amor com paixão. Embora o dinheiro no cofre, a pobre alma diz que sofre,mas, não sabe qual a razão.
A paixão é fogo de palha, a criatura se avacalha, pelas vibrações violentas. Formam um verdadeiro forno e ficam girando em torno, com bactérias nojentas.
Toda maldade que se acata, u, dia será chibata, que o tempo nos reservou. Hoje o Tietê poluído, revela aquele amor fingido, tudo o que era bom se acabou.
Lembramos pessoas largadas, tremendamente amarguradas, peixe com gosto de amoníaco e até o nosso matadouro, onde o espelho d’água era ouro, tornou-se um espaço satírico.
Podem ver, onde existe empresa, existe uma certa beleza, mas, esse jogo é por tabela. A tubulação ninguém vê, a podridão vai ao Tietê, com todo o sigilo e cautela.
É com cultura e com saber, que procuramos entender, as doenças e as tristezas. Não é com paixão ou com mágoa, que se prepara as cargas d’água para efetuar as limpezas.
Com amor, tudo é possível, porém, a paixão é terrível, não há justiça nem direito. Todos devemos aprender, que a lei da vida é o dever, toda a causa tem um efeito.
Ou por amor ou pela dor, com o chicote ou com a flor, a lei do progresso vigora. Eterna, essa lei divina, consciencialmente ensina, para o futuro ou para agora.
Porém, há governo que entende, o bom caboclo se arrepende e cada um faz o que pode. A esperança nunca morre, o otimismo sempre corre e o bom caráter não explode.
A conscientização precisa, não vem da paixão explosiva, que nos traz graves conseqüências. É aí que mora o perigo, a teimosia busca abrigo, produzindo novas falências!
Na realidade o amor, quem gera esse bem propulsor, trabalha para o bem comum. Paixão, esse, esse “amor” entre aspas, é uma fábrica de raspas, que de bem nunca fez nenhum.
Pobre, rico ou remediado, todo o infeliz apaixonado, deixa o perdão sempre de lado. Em desafio ao destino, o amor, eterno bem divino, fica difícil de ser gerado. Os poderes vão se calando, os poluidores aumentando e nos falta a humildade. Aí a paixão nos levou: Tudo o que era bom se acabou, somente ficou a saudade.
O amor é doce e sereno, enquanto a paixão é o veneno, que deixa a pessoa nervosa. Descarrega nas crianças, as crises e as vinganças, sem ver o valor de uma rosa.
Qualquer paixão é contundente, deixa o ser humano doente, ou valente e perturbador. Entre enormes desilusões, vão gerando as lamentações, em cenário desolador.
O amor vê a realidade, há muitas ilusões e maldade, por falta de escolaridade. Vantagem é ato maroto, há muito veneno no esgoto, aqui ou em qualquer cidade.
Os rios pertencem ao povo, esse cenário não é novo e não existe iniciativa. Continuamos esperando, nossas águas vão se esgotando e essa poluição é nociva.
Há veneno por todo lado e ninguém fica sossegado, quando chega de mala e cuia. Enquanto isso o Rio chita, com a água bendita, já polui o Rio Avecúia.
E lá vai nosso piscoso, enquanto o homem presunçoso tem mata-mato e formicida. Agrotóxicos rolam e fedem não se esquecem e sempre pedem o chumbinho e o cupincida.
O centurião verde adorado, pra não ficar emprestado, tem veneno a ser aplicado. Se a praga é um desafio, toda a chuva vai para o Rio e ninguém é acionado.
É dever fazer proteção, curva de nível, contensão e também manutenção. Há muita tecnologia, além de toda letargia, do velho engodo e da paixão.
Para cada mal que se enfrenta, seja do bem a ferramenta, porque, seja lá como for, queremos dizer que na vida, cada um com a sua lida, pode e deve falar de amor.
Governantes em comitiva, com uma maratona decisiva, entrem com amor na parada. Aí está a grande arte, cada um fazer a sua parte, ou a vida não vale nada.
Toda a pessoa responsável, deve sentir que é viável, colaborar nessa empreitada. Copa do mundo vem aí, Salto tem o Rio Jundiaí e nós temos o Sorocaba. Rios e riachos fedidos, poderão ser mais defendidos, ou vamos de mal a pior. Ou prezamos a natureza, ou a grande correnteza, é do mal que fica ao redor.

Se tudo escorre ou se esclarece, fazemos então uma prece, com elevada intenção. O domínio do mal termina, quando o amor nos ilumina, bem no fundo do coração.
SOU AFLUENTE;
SOU ÁGUA CORRENTE;
SOU O RIO SOU O RIACHO
SOU A BACIA, CACHOEIRA COMO QUEIRA.
SOU MANSO OU CAUDALOSO,
RAZO OU PROFUNDO, NEGRO OU CRISTALINO.
SOU O RIO QUE OBSERVA
O QUANTO SOU MALTRATADO.
TENHO VIDA E LEVO VIDA
MEREÇO SER “RESPEITADO.”
 
POEMA: “A VOZ DA FOZ”
                                                                           BELLO EDUARDO JULIANO


O Rio e o Porto.



Rio que nasce e morre no mesmo lugar.
Pois tua água é santa, como se benzida fosse, pelo luar.
Tem forma de barro, tem poluição,
Mas tem também forte emoção.

Que dizer daqueles que por aqui passou?
Lembranças deixaram, marcas profundas ficaram.
Nosso povo que muito luta,
Para que essa marca não fique só na Gruta.
Mas nos Corações e mentes, da nossa gente.

E os bravos combatentes que lutas travaram?
Seja ela pela salvação ou pela divulgação.
Jamais se cansará, pois tem nas veias a história do Rio.
Como sangue que corre pelo corpo.
E jamais deixará o Rio se desgarrar de seu Porto.
Do seu Porto Feliz.




                                                                
                                                        Urias de Oliveira.
30/06/2002

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

RECOMEÇO

Existe recomeço ruim?...
Tenho cá para mim
Que recomeçar é sempre muito sensível.
Uma segunda oportunidade,
Fazer a mesma coisa, com mais qualidade,
Só com muito amor é possível.

É começar novamente algo que não deu certo
Mesmo que fosse um relacionamento incerto,
Do qual muito se esperava.
Culpa de quem?
Saber, nem convém,
Senão o recomeço nem começava.

Nosso caso tem tudo para dar certo.
Com essa certeza sempre por perto,
Meu amor eu te juro:
Nem sei porque nos separamos,
Nós que tanto nos amamos,
Agora confio no nosso futuro.

De minha parte eu lhe ofereço
Desde o primeiro dia deste recomeço,
Muito respeito e todo meu carinho, com muito ardor.
Haveremos de ser muito felizes
Se esquecermos todos os nossos passados deslizes,
Neste novo recomeço repleto de amor!!!

Tis (22.01.2013)


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

 
 
Próximo Sarau na Casa terá o tema Recomeço.
Última quinta de janeiro - 30/01/2014
20 horas - entrada franca
Local: Casa da Cultura de Porto Feliz.
Rua Tristão iires, 123, centro, Porto Feliz-SP
15.3262.4788 - casadacultura@portofeliz.sp.gov.br