SOBRE O MEDO
(por Ivan Vagner Marcon, de Cerquilho)
I
Peço apenas que ao menos uma entidade
Se pronuncie aos meus olhos...
Cansado que estou desta dor adentrando-me os restos
e sobras...
Vãos,
bermas,
cantos e sarjetas
repletas de mim.
Perceber na vida outros espelhos…
(e não deixar de encará-los)...
Quem sabe até voltar a sorrir...
Semear novas reflexões e outros insights.
Confiar nos caminho e abrir-me a outras narrativas.
(Re) ligar-me.
II
Hoje nada me é eco
Nada me vaza.
Apenas um esquecimento
perseguindo meus poucos vestígios...
Como uma foto a desbotar nas gavetas...
Como esta cicatriz tatuada na pele...
Como o tempo erodindo os ladrilhos...
Como mil espelhos partidos me adentrando o ventre...
Como o saber de outros horizontes a florir outros castelos...
E não lhes poder habitar.
III
Solidão é medo.
Medo
Que paralisa
freia
consome
e tolhe...
Um nada poder fazer.
Vida metade breu...
Metade cinza.
IV
Apenas um esquecimento
perseguindo meus poucos vestígios...
Como uma foto a desbotar nas gavetas...
Como esta cicatriz tatuada na pele...
Como o tempo erodindo os ladrilhos...
Como mil espelhos partidos me adentrando o ventre...
Como o saber de outros horizontes a florir outros castelos...
E não lhes poder habitar.
III
Solidão é medo.
Medo
Que paralisa
freia
consome
e tolhe...
Um nada poder fazer.
Vida metade breu...
Metade cinza.
IV
Vida recolhida...
Simples engrenagem oxidada do destino.
E nada mais...
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Confira também o blog do poeta: Diversos Possíveis
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