domingo, 5 de agosto de 2012
CAOS URBANO (por Carlos Carvalho Cavalheiro - Sorocaba)
CAOS URBANO
(por Carlos Carvalho Cavalheiro)
Sirenes alucinantes
Luzes no asfalto molhado
Gado humano caminhando
Para o abate diário
Reféns do próprio ego
Proclamam-se reis,
Monarcas de sua estupidez.
Pregações e pregões
Vendem tudo...liquidação
O paraíso em três vezes
Sem juros, juro por Deus
Corremos em círculo
Fugindo da sombra
Medo, pânico, muito pânico
Muito pano para a manga
Soldados desfilam
Sobre os cadáveres
Dos que lutam pela vida
Acuados nos becos, nas marquises,
Nas pontes, nos túneis.
Chaminés, escapamentos, fossas nasais
De todos os buracos brotam fumaça
Fome, muita fome de tudo
As pessoas fogem aos olhares
E são muitos os olhos
O anti-sonho psicodélico
Cristalizado em concreto
Campo de batalha, caos urbano.
01.09.2000.
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