quinta-feira, 2 de agosto de 2012

AS HORAS (por Ivan Vagner Marcon - Cerquilho)

AS HORAS
(por Ivan Vagner Marcon - Cerquilho)






Lento...
Lerdo...
Chumbado...
Apenas busco uma a uma
Todas as velhas imagens em minha memória.
Para uma profunda,
Atentíssima...
Talhada despedida.

Talvez tenha sido mesmo a certeza nessa manhã
Linda...
Leve...
Loura...
Que depois de uma noite
Nervosa e irônica
Vazou-me atenta demais.
Tomou-me o tempo
Tornou-me insuficiente...
Pouco...
Parco...
Escasso...

Talvez por tanto forjar alegrias fraudulentas
Estes sim suicídios sinceros
exauri-me
E não me surpreenda agora o resultado.
Afinal...
Como salvar alguém de seus próprios abismos?

Em meu cotidiano não fui feliz...
Nem infeliz.
Fugaz... Talvez.
Doido?
Tarde demais.
Doído...
Cedo demais.

Que fique esse buraco,
Vácuo,
Solavanco...
E os meus vestígios...
Que fiquem as horas à posteridade...

2 comentários:

  1. Vou reproduzir aqui algo que já disse para o autor via Facebook: "... E saiba que seu modo de declamar suas obras, com orgulho e à vontade, se permitindo interpretar suas poesias, inspiram os outros. A qualidade do que você faz guincha os demais para o mesmo nível."

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  2. Fica aqui meu obrigado pelas palavras e um fraterno abraço...

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