AS
HORAS
(por Ivan Vagner
Marcon - Cerquilho)
Lento...
Lerdo...
Chumbado...
Apenas
busco uma a uma
Todas as velhas imagens em minha memória.
Para uma
profunda,
Atentíssima...
Talhada despedida.
Talvez tenha sido mesmo
a certeza nessa manhã
Linda...
Leve...
Loura...
Que depois de uma
noite
Nervosa e irônica
Vazou-me atenta demais.
Tomou-me o
tempo
Tornou-me
insuficiente...
Pouco...
Parco...
Escasso...
Talvez por tanto
forjar alegrias fraudulentas
Estes sim suicídios sinceros
exauri-me
E
não me surpreenda agora o resultado.
Afinal...
Como salvar alguém de seus
próprios abismos?
Em meu cotidiano não fui feliz...
Nem
infeliz.
Fugaz... Talvez.
Doido?
Tarde demais.
Doído...
Cedo
demais.
Que fique esse buraco,
Vácuo,
Solavanco...
E os meus
vestígios...
Que fiquem as horas à posteridade...
Vou reproduzir aqui algo que já disse para o autor via Facebook: "... E saiba que seu modo de declamar suas obras, com orgulho e à vontade, se permitindo interpretar suas poesias, inspiram os outros. A qualidade do que você faz guincha os demais para o mesmo nível."
ResponderExcluirFica aqui meu obrigado pelas palavras e um fraterno abraço...
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